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Você se considera uma pessoa criativa? Ou, mais importante, você desenvolve a sua criatividade?

David Kelley, empreendedor da área de design, consultor em inovação e professor em Stanford, já se deparou com muitos executivos que respondiam “não” a essa pergunta.

Os mesmos executivos que enfrentam situações desafiadoras diariamente e que trilharam um longo caminho para chegar ao seu cargo atual, não se consideravam “do tipo criativo” — como dito pelo próprio David em um TED Talk¹.

Para explicar esse fenômeno, ele traz o exemplo de uma situação que vivenciou na terceira série: durante uma aula de artes, seu melhor amigo começou a criar um cavalo usando argila, mas, apesar de seu esforço e empolgação, foi colocado para baixo por uma outra colega, que criticou duramente seu trabalho.

Depois disso, o menino se sentiu tão envergonhado que se desfez da obra e nunca mais tentou criar algo novo, acreditando que não era uma pessoa criativa e boa o suficiente.

Quando conta essa história, David nos faz refletir: quantas vezes nós já passamos por algo parecido? Na escola, em casa, no trabalho, ou até partindo de nós mesmos, quantas vezes já deixamos de fazer algo por simplesmente acreditar que não teríamos criatividade suficiente para tal?

Todos somos criativos

O termo “criativo” ou “criativa” representa uma pessoa que se destaca pela sua capacidade de criar e inovar. E, quando paramos para pensar, todos nós, de alguma maneira, já criamos algo ou tivemos ideias e insights inovadores.

Pensando nisso, o que realmente difere as pessoas criativas das pessoas não criativas seria, então, a coragem de se dedicar ao novo e o esforço que cada uma coloca no desenvolvimento dessa habilidade.

É isso que David Kelley afirma: a criatividade não é um talento de algumas poucas pessoas, mas que todos somos criativos. Entretanto, em algum momento desenvolvemos o medo do julgamento e perdemos a nossa coragem de utilizar essa habilidade, paramos de desenvolvê-la.

David cunhou o termo “confiança criativa” justamente para se referir à confiança que devemos ter em nossas habilidades criativas — e que, muitas vezes, nos escapa ao longo da vida.

Confiança criativa

Ao recuperar a confiança criativa, desbloqueamos possibilidades.

David novamente revela isso através de um exemplo: Doug Dietz, um colega que trabalha projetando equipamentos hospitalares, como os de ressonância magnética — um produto tão importante para a vida de milhares de pessoas.

Eventualmente, ele descobriu que a ressonância, apesar de salvar vidas, era uma experiência traumática para 80% dos pacientes infantis.

Mesmo que seu produto já cumpria a função necessária, Doug quis ir além: ele queria melhorar a experiência dessas crianças. Foi aí que surgiu a ideia de transformar a ressonância em uma aventura.

Doug era uma pessoa “técnica”: desenvolvia produtos de alta complexidade e tecnologia. Mas sua confiança criativa o permitiu ir além e, com isso, não só salvar vidas, mas melhorá-las e ter um impacto positivo nas crianças, além de realizar um propósito pessoal e profissional!

Criatividade e carreira

A criatividade, como tantas outras habilidades comportamentais, pode ser desenvolvida, aprimorada, incentivada — e esse é um processo que envolve também outras soft skills, como a persistência, a coragem e a curiosidade. Ao trabalhar em uma, todas as outras podem ser melhoradas também.

Agir com confiança criativa em nosso dia a dia nos permite abraçar novos desafios e olhar para os contextos sob novas perspectivas, o que permite chegar cada vez mais longe na carreira — e em todas as outras áreas da vida, afinal, somos uma pessoa só.

Independentemente da posição que uma pessoa ocupa na empresa — líderes, executivos(as), colaboradores -, a criatividade é essencial para lidarmos com os desafios do dia a dia, nos permite sair da zona de conforto e nos mantém em movimento.

Se você tem o desejo (e a coragem) de investir em suas habilidades criativas, convido você a conhecer meu trabalho de mentoria em soft skills clicando aqui.

¹David Kelley — How to build your creative confidence

Tatiana Trivellato

O que o mundo está perdendo quando você não revela o seu potencial? Contribuo pra que pessoas se transformem, potencializem a sua essência, e tenham maior clareza das suas escolhas – encontrando possibilidades onde antes não era possível. Essas transformações possuem um efeito sistêmico, com mudanças no ambiente onde vivem, equipes, empresas, e no mundo.

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