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Em maio, aconteceu a ICW (Semana Internacional de Coaching) da ICF. Além de ter tido a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, foi um evento que gerou muito aprendizado e crescimento profissional, (já compartilhei alguns insights sobre no meu Instagram, para quem quiser conferir).

Uma das palestras que acompanhei e gostei muito foi sobre o Desenvolvimento Vertical, ministrada pela Jan Rybeck. Nesse post trago algumas das minhas perspectivas sobre o tema e sua importância para o mercado atual.

Fases do desenvolvimento humano

Quem é pai, mãe ou responsável por uma criança, ou quem estuda o comportamento infantil, sabe que existem várias fases de desenvolvimento nesse período, desde o mais imaturo até um nível de maior compreensão do mundo e da vida.

Porém, o que muita gente não sabe é que esse desenvolvimento não para por aí, muito pelo contrário: nós continuamos esse processo quando atingimos a vida adulta. Pesquisadores constataram que existem 7 etapas de transformação nessa fase.

Não vou entrar em detalhes sobre cada uma delas nesse primeiro momento, mas de forma resumida, elas são:

1. Oportunista: aquela fase em que a pessoa está mais focada em suas próprias necessidades e desejos

2. Diplomata: momento marcado pela busca de se encaixar em seu grupo social, deseja a aprovação externa.

3. Especialista: essa é uma fase em que a pessoa está focada no desenvolvimento e aperfeiçoamento de suas habilidades.

4. Realizador: o indivíduo aqui já é mais independente e confiante, e está buscando novas conquistas.

5. Redefinição: como o próprio nome diz, essa etapa traz uma transformação mais impactante, buscando novos caminhos e resultando na mudança de prioridades e no desenvolvimento de novas perspectivas.

6. Transformação: aqui a mudança é mais pessoal do que a anterior. Acontece uma grande valorização do autodesenvolvimento, da autorrealização, e da evolução como ser humano, de forma geral.

7. Alquimista: por fim, observamos uma pessoa com um nível de consciência maior, mais autoconsciente, percebendo a interdependência das coisas.

Nosso instinto natural é pensar que o grande objetivo é chegar ao último nível, mas não é bem assim. Não coloque essa pressão em você mesmo.

A verdade é que cada estágio tem suas particularidades, suas vantagens e desvantagens. O mais importante mesmo é saber em qual deles você está, para entender seus pontos fortes e o que pode ser melhorado.

Jan também falou sobre isso. Estar nos últimos estágios não significa ser mais rico, bem-sucedido ou feliz. O Desenvolvimento Vertical deve ser usado como um mapa, não como um medidor.

O que é Desenvolvimento Vertical?

Com isso em mente, vamos à definição de Desenvolvimento Vertical: esse conceito diz respeito a um crescimento em que há uma transformação de mentalidade (mindset), ou seja, expandindo suas perspectivas.

Por outro lado, temos o conceito oposto, o Desenvolvimento Horizontal: esse já diz respeito a uma evolução ligada a habilidades e conhecimento técnico, mas sem que haja, necessariamente, uma mudança de mentalidade.

Desenvolvimento Vertical x Desenvolvimento Horizontal

Uma comparação trazida pela Sandra Ellison, no artigo Understanding Vertical Development, ilustra bem a diferença entre eles: é como se, no Vertical, você fizesse uma atualização no sistema operacional do celular, que vai deixá-lo mais rápido e funcional.

O Horizontal, por outro lado, é o equivalente a baixar novos apps, deixando o dispositivo com mais funcionalidades.

Aqui, é muito importante perceber que um não é superior ao outro! Na verdade, eles podem se complementar. Pensando em liderança, o Desenvolvimento Horizontal poderia fornecer técnicas e ferramentas de delegação, enquanto o Vertical poderia trazer uma mudança em sua perspectiva de gerenciamento da equipe.

Percebe, então, como a união entre eles pode trazer um resultado muito positivo?

Por que isso é relevante?

Pense no cenário dos últimos 3 anos, na quantidade de mudanças que vivenciamos, em como o mundo e as pessoas se transformaram.

Quando aplicamos isso a um contexto corporativo, também é nítido que líderes e executivos estão enfrentando desafios nunca vistos antes. Mais do que nunca, sabemos que soft skills como a resiliência, adaptabilidade e empatia são tão importantes quanto as hard skills.

Entender o Desenvolvimento Vertical contribui para que esses profissionais tenham uma orientação melhor sobre suas oportunidades de crescimento, melhoria e mudança de mentalidade para enfrentar desafios.

Na aula da ICW, Jan Rybeck disse que esses estágios do Desenvolvimento Vertical podem ser usados “como uma indicação de tendência da mentalidade e para identificar pontos de crescimento”, indo além do que já é confortável e familiar.

Ou seja, pensar no Desenvolvimento Vertical é relevante porque esse pode ser um instrumento valioso para se adaptar aos contextos e planejar um crescimento consciente e respeitoso com os processos individuais.

Aplicação no Coaching

Pensando em como aplicar isso na nossa prática de coaching, voltamos ao seu uso como um mapa, como mencionei mais cedo.

Podemos usar o Desenvolvimento Vertical como forma de identificar onde a pessoa está e como está enxergando o contexto ao seu redor, onde é importante chegar e o que é necessário para se chegar lá. Isso torna o processo mais claro para os dois lados.

Clique aqui para me encontrar em todas as redes sociais e conhecer meu trabalho como Coach. Aguardo você para percorrermos a jornada do autodesenvolvimento. Vamos juntos?

Tatiana Trivellato

O que o mundo está perdendo quando você não revela o seu potencial? Contribuo pra que pessoas se transformem, potencializem a sua essência, e tenham maior clareza das suas escolhas – encontrando possibilidades onde antes não era possível. Essas transformações possuem um efeito sistêmico, com mudanças no ambiente onde vivem, equipes, empresas, e no mundo.

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