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As discussões sobre o retorno ao escritório, burnout e bem-estar no trabalho seguem a todo vapor no meio corporativo. Estamos falando mais e mais sobre isso, e é ótimo ver cada vez mais líderes engajados(as) no assunto.

Mas, além de discutir, é preciso fazer. Uma pesquisa da Deloitte demonstrou que profissionais C-level têm uma visão otimista demais sobre o bem-estar e felicidade de seus funcionários.

Por exemplo: 80% dos líderes acreditam que o bem-estar mental de sua equipe melhorou no último ano, enquanto apenas 33% dos funcionários fizeram essa afirmação. Isso mostra que, por mais que a liderança esteja direcionando seu olhar para essa preocupação, os esforços não estão sendo tão efetivos assim.

Preocupante, não?

É por isso que a liderança não pode ficar apenas no achismo. Para promover o bem-estar da equipe, é preciso ter dados que comprovem o estado atual, que tragam luz para o que deve ser melhorado e, principalmente, estipular metas e compromissos para o futuro.

Separei aqui algumas métricas que você pode coletar e usar como insumo na sua análise, para além da pergunta óbvia “qual seu nível de bem-estar?”.

01. Quantidade de horas trabalhadas

Não importa quantas ações você faça para promover o bem-estar do seu time. Dificilmente alguém que trabalha 10 horas por dia ou aos finais de semana será feliz e produtivo, especialmente a longo prazo.

Para coletar essa métrica, você pode analisar o histórico de ponto, banco de horas ou software de gestão de tarefas, por exemplo.

Lembre-se de verificar também se as pessoas estão tirando suas horas extras, days-off e férias como deveriam.

02. NPS dos funcionários

NPS é aquela métrica clássica, usada para analisar a probabilidade de um cliente indicar o seu produto ou serviço para os colegas. Porém, podemos aplicá-la também para verificar a porcentagem de funcionários que indicariam a empresa para outros profissionais.

Aqui, vale fazer uma pesquisa diretamente com o time, além de verificar quantas das últimas contratações vieram por meio de indicação interna.

03. Taxa de retenção e de turnover

Essas métricas são fundamentais. Uma alta taxa de rotatividade pode indicar problemas sérios na cultura da empresa e bem-estar do time como baixa satisfação no trabalho, falta de oportunidades de crescimento ou remuneração inadequada. Não tenha dúvidas que o impacto disso chegará até seus clientes.

Se a sua empresa ainda não tem departamento de Recursos Humanos, uma busca simples no Chat GPT ou Gemini te ajuda a definir essas métricas.

04. Taxa de afastamento

Além da retenção e turnover, considere também a quantidade de pessoas que tiraram licenças médicas e quais foram os motivos, porque eles podem ter alguma relação com o trabalho.

Isso vai desde questões psicológicas, como o burnout, até problemas físicos, como a lesão por esforço repetitivo.

05. Alinhamento de expectativas

Muitas vezes, a liderança tem o desejo de implementar grandes ações para promover o bem-estar da equipe. No entanto, nem sempre é isso que o time espera.

Em certos casos, as pessoas preferem que a gestão foque em outras medidas, mais simples, mas que trarão um impacto muito maior para elas.

Aqui, vale fazer uma pesquisa individual, um formulário ou algo similar, com respostas abertas, para que a opinião de cada um seja realmente analisada e considerada.

Preciso reforçar que todos esses esforços só irão se concretizar com um plano de ação contínuo. Promover o bem-estar da equipe envolve um esforço ativo e a longo prazo, e não apenas medidas pontuais e direcionadas.

Assim, essa preocupação vai, aos poucos, tornando-se um pilar da cultura da empresa.

Tatiana Trivellato

O que o mundo está perdendo quando você não revela o seu potencial? Contribuo pra que pessoas se transformem, potencializem a sua essência, e tenham maior clareza das suas escolhas – encontrando possibilidades onde antes não era possível. Essas transformações possuem um efeito sistêmico, com mudanças no ambiente onde vivem, equipes, empresas, e no mundo.